Algarve Literário
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Se7e Pedras Se7e Palavras
No
Se7e Pedras Se7e Palavras – no último Domingo do mês, na Biblioteca do 7, na
travessa dos Arcos, n.º 11 em Faro - a palavra tem o destaque. Junta-te a nós
nestas noites de histórias, conversas, prosa e poesia.
Estamos
no local a partir das 20 horas, mas é entre as 22 e as 00 horas que as coisas
aquecem.
A
participação é aberta a todos. Vem ler, ouvir e conversar. Se quiseres, traz
textos da tua autoria ou de outros e lê-os connosco.
A
casa serve petiscos, refeições e bebidas.
Contamos
contigo! Este espaço não existe sem ti. Vem e traz amigos.
terça-feira, 30 de agosto de 2016
COMO SE FAZ UM ESCRITOR (2)
Depois de uma primeira entrevista publicada, aqui está a segunda, desta vez ao escritor Fernando Esteves Pinto. Deixo para mais tarde uma apreciação global.
Luís Ene
***
- Quanto começaste a interessar-te pela literatura, a ler e a escrever? Como se desenvolveu essa relação ao longo dos anos?
R: Comecei a interessar-me por literatura quando descobri que viviam pessoas dentro dos livros. Depois percebi que eram pessoas bem interessantes, a começar pelos autores dos livros que fui descobrindo e lendo. E deixei-me contagiar através da leitura ao ponto de querer também escrever: criar outras identidades, construir outro mundo, embora ficcional, mas com pessoas reais. E fui fazendo «amizade» com autores, naturalmente, sem indicação de ninguém, frequentando bibliotecas (não havia livros em casa). Parece que tive muita sorte: olhando para trás, tendo em conta as primeiras leituras que fiz, o percurso foi perfeito e um autor levou-me a outro, num convívio muito feliz com o mundo dos livros.
- Quando decidiste que eras ou querias ser escritor?
R: Não decidi. Senti necessidade de escrever. Eu vivia num ambiente familiar que de tão real também parecia uma ficção. Só para dar uma ideia: senti-me escritor quando ditei uma informação para um jornal sobre uma pequena tragédia na qual os meus pais quase perderam a vida. Tinha nove anos, e a informação que prestei à polícia saiu exactamente como eu a testemunhei.
- O que te atrai na escrita literária?
R: Atrai-me o estilo, a maneira como as coisas são sentidas, pensadas e escritas. Sou atraído para a escrita quando um autor deixa pontas soltas nas suas reflexões. Atrai-me a filosofia, a psicologia e a humanidade.
- Que referências literárias, autores e livros, te ocorrem?
R: Tive algumas referências literárias que a seu tempo foram decisivas na minha formação como escritor. Não as esqueço nunca. Vergílio Ferreira é uma delas. Mas também Philip Roth. E tantos outros, embora alguns só tenham sido importantes nalguns aspectos das suas obras. E, claro, haver referências só por si não significa que estejamos ligados eternamente a esses autores e aos seus livros. A obra literária é uma ferramenta. Depois temos de ser nós a saber trabalhar com ela e criar outras formas de pensar/escrever os outros.
R: Pessoalmente, não espero nada. Os meus livros, sim, esperam mais do que eu: esperam ser lidos por leitores interessados e exigentes. No fundo, eu tenho uma missão: escrever.
- Que consolação obténs com a escrita e a leitura?
R: A minha maior consolação com a escrita é sentir que o tempo é uma folha em branco, passa por mim enquanto penso e escrevo e deixa uma marca minha, uma impressão da minha identidade dirigida também aos outros. Quanto à leitura, espanto-me positivamente com alguns livros, raros, mas livros extraordinários. De resto, a leitura para mim é um «trabalho». Leio um livro com a atenção dum arquitecto que molda a natureza de acordo com as formas que lhe quer impor ou enquadrar. Portanto, quando leio estou sempre atento à construção, à forma, à interioridade, em suma: nem sei se «leio» o livro que estou a ler ou se estou a «escrever» uma nova leitura.
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
DESCUBRA AS SEMELHANÇAS!
Adília César teve a ideia de emparceirar fotografias de escritores (algarvios) com fotografias de outros escritores e a prática até está a a ter seguidores.
Divirtam-se com este "jogo", identificando desde logo os escritores em causa. Deixem os vossos palpites e opiniões na caixa de comentários! Dica: Os escritores "algarvios" são os primeiros do par.
Divirtam-se com este "jogo", identificando desde logo os escritores em causa. Deixem os vossos palpites e opiniões na caixa de comentários! Dica: Os escritores "algarvios" são os primeiros do par.
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(criado por Adriana Nogueira)
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(criado por Luís Nogueira)
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
COMO SE FAZ UM ESCRITOR?
O gosto pelas entrevistas/inquéritos não é novo em mim e desta vez resolvi colocar seis perguntas iguais a alguns escritores. São assim perguntas genéricas que, como me respondeu um dos entrevistados/inquiridos, são afinal a mesma pergunta ou, pelo menos, várias faces da mesma pergunta, que talvez seja "Como se faz um escritor?".
Mais do que as diferenças, procuro as semelhanças; mais do que aquilo que os separa procuro o que os une. É um caminho que ainda agora comecei a trilhar e que não sei onde me levará.
Numa primeira fase enviei essas mesmas perguntas a meia-dúzia de amigos e dei-lhes um prazo que ainda não acabou. O Luís Nunes Alberto Nunes foi o primeiro a responder e decidi desde já publicar as suas respostas.
Se alguém quiser responder às perguntas e enviar-me as respostas, muito agradeço. Numa segunda fase eu mesmo as enviarei a mais escritores.
Luís Ene
***
SEIS PERGUNTAS RESPONDIDAS POR LUÍS NUNES ALBERTO
- Quanto começaste a interessar-te pela literatura, a ler e
a escrever? Como se desenvolveu essa relação ao longo dos anos?
A minha descoberta da literatura foi a minha descoberta do
mundo porque aprendi o francês a ler livros e portanto foi uma aprendizagem
conjunta, simultânea.
Comecei também nessa altura a escrever num pequeno jornal
que fazíamos na escola primaria em 1965.
Fui eu que fiz a linogravura da capa e no interior tinha um
ou dois textos meus.
Ao longo dos anos houve períodos longos de total vazio e
alguns de escrita intensa sem nenhum
significado particular.
- Quando decidiste que eras ou querias ser escritor?
Nunca decidi, não sou escritor.
Sou essencialmente um pensador e por vezes escrevo os meus
pensamentos para que se não percam completamente.
- O que te atrai na escrita literária?
A possibilidade de fazer passar para o mundo alguns dos meus
pensamentos.
- Que referências literárias, autores e livros, te ocorrem?
O primeiro livro que li, Ivanohe de Walter Scott. Jules
Verne, Dostoievski, Victor Hugo, Henri Miller, Jacques Prevert, Fernando
Pessoa, Herbert Heinlein, Luisa
Monteiro, Saramago, Lidia Jorge,
- O que esperas e/ou não esperas da literatura?
Não espero nada da literatura. Sei que ela vai continuar a
construir o mundo para nós e sobretudo para as gerações vindouras. Penso que é
particularmente inútil emitir qualquer opinião sobre os modos como essa construção
se está a fazer.
A consolação consiste na satisfação da aprendizagem
continua, mesmo que negativa por vezes, quer pela leitura quer pela escrita.
PROTAGONISTAS
Existe ou não um estado actual de excitação poético-literária (uma "movida") no Algarve (Sotavento Algarvio)?
Creio que sim, sem dúvida!
Em baixo, na foto, da esquerda para a direita, alguns desses protagonistas!
Pedro Jubilot, Vitor Cardeira, Uberto Stabile, Adão Contreiras, Paulo Afonso Ramos, e Fernando Esteves Pinto.
Creio que sim, sem dúvida!
Em baixo, na foto, da esquerda para a direita, alguns desses protagonistas!
Pedro Jubilot, Vitor Cardeira, Uberto Stabile, Adão Contreiras, Paulo Afonso Ramos, e Fernando Esteves Pinto.
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Telegramas do Mediterrâneo
Termino a leitura de Telegramas do Mediterrâneo, de Pedro Jubilot e logo recomeço, agora com a ajuda do google, procurando trazer à tona as várias referências a diversos músicos, escritores e artistas, assim como de diversos locais. Estes telegramas, que se poderiam chamar Postais (na linha dos anteriores Postais da Ria Formosa), são mesmo assim sucintos, deixando ao leitor a liberdade de os classificar (e ler) como poemas (em prosa), como notas de viagem (imaginárias ou reais) ou até, no seu conjunto, como um livro de viagens ou um roteiro cultural. A riqueza deste livro não escapará a uma leitura ligeira e pede sem dúvida novas leituras. É o que vou fazer! Façam vocês também.
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
sexta-feira, 29 de julho de 2016
ESCRITORES REUNIDOS
Na Feira do Livro de Faro, no stand do grupo ESCRITORES REUNIDOS, sessões de autógrafos com:
23/7, sáb. – Amável Louro
24/7, dom. – Helena Almeida
25/7, 2ª – Luís Campião
26/7, 3ª – Patrícia De Jesus Palma
27/7, 4ª – Pedro Oliveira Tavares e João Miguel Pereira
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29/7, 6ª – Paulo Moreira e Fernando Cabrita
30/7, sáb. – Luís Luis Alexandre
1/8, 2ª – Fernando Évora e Napoleão Mira
2/8, 3ª – Fernando Guerreiro
3/8, 4ª – Ana Francisco e Carla Sabino
5/8, 6ª – Hélio Pereira
6/8, sáb. – Fernando Silva Grade
23/7, sáb. – Amável Louro
24/7, dom. – Helena Almeida
25/7, 2ª – Luís Campião
26/7, 3ª – Patrícia De Jesus Palma
27/7, 4ª – Pedro Oliveira Tavares e João Miguel Pereira
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29/7, 6ª – Paulo Moreira e Fernando Cabrita
30/7, sáb. – Luís Luis Alexandre
1/8, 2ª – Fernando Évora e Napoleão Mira
2/8, 3ª – Fernando Guerreiro
3/8, 4ª – Ana Francisco e Carla Sabino
5/8, 6ª – Hélio Pereira
6/8, sáb. – Fernando Silva Grade
terça-feira, 26 de julho de 2016
ASSESTA Associação de Escritores do Alentejo
Fernando Évora e Fernando Guerreiro
Pois é, o Alentejo tem uma associação de escritores. Pensada em meados de 2013 e constituída em setembro de 2015 (3 de setembro – Castro Verde), na sua génese estiveram 15 escritores naturais do Alentejo ou com fortes vínculos à região empenhados em promover a literatura nas terras desafogadas de além Tejo. A ASSESTA, assim se chama a associação está aí e está ativa. Por estes dias dois dos seus escritores fundadores, Fernando Évora e Fernando Guerreiro, estarão presentes na feira do livro de Faro no stand dos Escritores Reunidos. A ver se falo melhor com eles sobre isto e aqui dou notícia.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
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